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domingo, 6 de janeiro de 2008

Atividades de corsários em Santos.



Numa pequena ilha costeira do litoral brasileiro, Martim Afonso de Sousa fundou o povoado de São Vicente em 1532; foi o primeiro do Brasil! Um dos fidalgos que o acompanhava então, de nome Brás Cubas (cuja imagem esculpida está aqui reproduzida), ali permaneceu e passou a viver de uma plantação de cana-de-açúcar na região nordeste daquela ilha, onde se fixou com seus familiares.
Em 1535, as terras ocupadas por Brás Cubas formavam um núcleo à parte dentro da ilha; mas o ano em que foi construída a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos (1543) marcou oficialmente a fundação do povoado, conhecido apenas como Porto e dele Brás Cubas, em 1545 tornou-se Capitão-Mór. O nome definitivo, Santos, que se originou do hospital, surgiu em 1546, com a elevação à categoria de vila reconhecida por Carta Régia. Ela e sua vizinha São Vicente assim coexistiram fraternalmente na mesma área insular.
Através do porto, a vila de Santos recebia mercadorias de Portugal e enviava à metrópole açúcar produzido no engenho depois chamado Engenho de São Jorge dos Erasmos. Vários outros engenhos estabeleceram-se com o passar dos anos em Santo Amaro, região continental limítrofe à ilha de São Vicente. Embora pouco movimentado, o porto tornou-se o coração de Santos, e por causa dele a vila era procurada pelos navegantes dos sete mares.
Naquela época a vila ocupava pequena porção de sua área central atual, e nela se concentrava toda a sua vida urbana. Mas a vida ali, como não poderia deixar de ser acabou influenciada por fatos ocorridos na metrópole lusitana, aonde um rei espanhol se tornou monarca também de Portugal. O que se deu a partir de 1581, quando Filipe II de Espanha assumiu aquele trono. Em substituição ao último rei, Dom Henrique, que morrera sem deixar descendência. Com isto o país granjeou para si todos os inimigos de Espanha, em especial, Inglaterra, França e Holanda. E a nova situação teve quer administrada até 1640, quando um português volveu ao trono lusitano, após uma rebelião vitoriosa em Lisboa. Era D. João IV.
A parcela de sofrimentos dos santistas foi receber ataques de assaltantes estrangeiros vindos do mar. Importa ai discorrer brevemente sobre estes. O corsário era um proprietário de navio, credenciado por um governo a pilhar navios de outra nação adversária da primeira. Os corsários eram usados por países como um meio fácil e barato para enfraquecer o inimigo, sem suportar os custos relacionados com a manutenção e a construção naval. Em outras palavras, era um pirata oficializado e submetido a algumas regras. Fora eles haviam os piratas e bucaneiros, propriamente ditos, que assaltavam indiferentemente embarcações nos mares, por sua conta e risco. Todos eles, se presos vivos por um país adversário ou vítima, seriam condenados à pena capital por enforcamento.
Segundo os historiadores, três dos principais episódios do corso ou pirataria em Santos foram:

Edward Fenton: atracou em Santos em 16/12/1583; e
Thomas Cavendish: atacou em 25/12/1588, 1590 ou 1591.
Joris Van Spilbergen: promoveu uma forte incursão naval e anfíbia contra Santos e São Vicente em 1615.
 
Sobre eles tratarei o melhor possível a seguir e separadamente.

Fontes:

Eu vim de Santos. http://www.euvimdesantos.com.br/index.html. Acesso em: 03/01/2007.

Wikipédia, a enciclopédia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/Corsário. Acesso em: 04/01/2008.

Novo Milênio. http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0049.htm. Acesso em: 04/01/2008.

Novo Milênio. Foto: PMS/Decom, publicada no DO de Santos em 06/05/2002. http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0147.htm . Acesso em: 04/01/2008.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá amigo vc está sumido, gosto de ler seus posts porque me sinto cultuando o meu passado. Mais uma vez parabéns pelo seu desempenho. Abraço.