Um dia o historiador Pedro Calmon escreveu, que a América do Sul era um continente de fogos apagados, querendo assim dizer que as guerras ai registradas foram poucas. Que bom!
Mas, assim mesmo elas existiram. E, pretendo escrever sobre a parte marítima ou fluvial delas, ai relembrando epísódios maiores ou menores das mesmas.
Como amostra incluo a imagem da nave brasileira Parnayba abordada por três embarcações do Paraguai na Batalha Naval do Riachuelo (Le Monde illustré, n.º 436, 19/08/1865).
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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Episódios da guerra submarina relacionados ao Brasil na II Guerra Mundial.
(Adolf Hitler)
O
Brasil entrou em guerra contra a Alemanha e Itália em 31 de agosto de 1942,
face ao afundamento nas costas nordestinas de cinco navios mercantes
brasileiros, pelo submarino germânico U-507 durante o mesmo mês. A incursão
fora ordenada pelo Comodoro Karl Dönitz, comandante
da arma submarina do primeiro país, com plena autorização do governo nazista.
Não houvera
da parte do Brasil qualquer ação bélica contra a Alemanha, os navios brasileiros
eram de carga e passageiros e singravam águas costeiras do Brasil. Mas, o
regime nazista estava muito descontente com nosso país, por ações a ele
atribuidas, mas bem proprias de um país soberano no exercício desta e durante
um conflito bélico mundial. Daí o ataque não provocado, que feriu os brios
brasileiros, molestou seu governo e que levou a nossa declaração de guerra.
A guerra
mundial em toda a sua duração não atingiu a porção continental, nem as ilhas
oceanicas do Brasil, mas foi realmente dura nas águas dos mares. O Brasil já
perdera por ataques germanicos e italianos entre 22 de março de 1941 e 28 de
julho de 1942 quinze navios, sempre em águas distantes de nossa terra. Após o
início oficial da guerra e até o seu final perdeu mais vinte outros sempre por
ataques maritimos. Só uma boa notícia a população recebeu, quando soube que
oU-507, responsável pelo massacre de
agosto de 1942, fora afundado no dia 13 de janeiro de 1943, no Oceano
Atlântico, aproximandamente a 100 milhas do litoral do Ceará, por cargas de
profundidade de um avião Catalina americano, causando a morte de todos os seus
54 tripulantes.
Escreveu sobre
tudo isto seria bem extenso, mas vou tratar aqui apenas do algoz de um destes
barcos, o Tutoia, que em
1º de julho de 1943, foitorpedeado ao
largo de Iguape, litoral sul de São Paulo, causando a morte de sete pessoas. Aquele
foi o Unterseeboot 513 (U-513), um
submarino alemão de longo alcance, pertencente à Kriegsmarine.
A seguir uma parte de sua
história e algo das vidas de seus tripulantes neste vídeo cuja fonte é nele
claramente indicada:
Mas,
tudo nesta vida se acaba, e numa guerra ainda mais rápido, muitas vezes de
maneira trágica. Pois, a mortífera embarcação nazista também finou-se, pois foi
afundada na costa brasileira nas imediações de São Francisco do Sul, estado de
Santa Catarina, em 19 de julho de 1943 por cargas de profundidade. Desapareceram
com o U-boot 46 tripulantes, sobreviveram 7 entre eles o comandante, Friedrich Guggenberger. O submarino foi
redescoberto em 14 de julho de 2011, à profundidade de 135 m, por pesquisadores
brasileiros.
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